Globo vs Record

Teoricamente, a disputa saudável entre duas redes de televisão só viria a contribuir com o compromisso e a qualidade dos programas e conteúdos exibidos pelas mesmas. Mas o que acontece entre a Rede Globo e a TV Record está longe de ser uma disputa “saudável” onde o telespectador sairia ganhando com a concorrência livre.

Uma das empresas, ao ver sua audiência despencar ataca frequentemente a outra com denúncias de enriquecimento ilícito e outras ilegalidades. Já a outra empresa em lugar de se defender, provando (se possível) que a compra da rede de Televisão e Rádio e outros diversos bens como imóveis e aviões não provém do dinheiro doado de boa fé por brasileiros (em sua maioria bastante humildes), rebate acusações sobre a manipulação da opinião pública que a Rede Globo promove, o que não é segredo para muitos brasileiros especialmente os que conhecem a nossa história recente como ocorreu na eleição de Collor por exemplo.

O que tudo isso tem a ver com um Blog de educação?

Tudo!

Pois a cultura brasileira de não dar a devida importância a política não só nas eleições mas também durante o exercício de governo abre espaço para “Sarneys”, “ACMs”, “Collors” e tantos outros tipos iguais ou piores fazerem o que bem entendem, destruindo a  saúde democrática de uma nação. Se é assim na política, não seria diferente em nenhuma outra das fontes formadoras de opinião como: a mídia, o padre, o pastor, o professor, o cientista, a família e até o traficante.

Todos eles influenciam a cabeça do brasileiro, seja ele adulto ou juvenil, que se deixa influenciar pela opinião de um (e apenas um) deles ao passo que o correto seria ouvir as opiniões adversas de cada um deles para poder formar a sua própria opinião pessoal e assim fazer valer a SUA própria vontade. Mas esse tipo de visão esclarecida de cidadania quase inexiste no Brasil.

O motivo?

A negligência do governo com a qualidade de ensino no país e a indiferença do brasileiro que não exige um serviço público de educação que prepare os brasileiros para o livre mercado internacional (globalizado) que expõe o trabalhador brasileiro a concorrer por empregos com pessoas do mundo todo, perdendo feio em valorização salarial para os concorrentes de países desenvolvidos.

Por que a Globo favoreceria a eleição de Collor?

Porque seu então concorrente à presidência era Lula, que na época defendia aos gritos a nacionalização das empresas enquanto os candidatos de direita queriam privatizar tudo, como FHC acabou fazendo anos depois. Tais privatizações trazem inúmeros investimentos estrangeiros e empresas multinacionais que se instalam no país contratando em seguida os serviços publicitários das empresas (em questão a Rede Globo). Um jogo capitalista planejado com toda antecedência possível como em um jogo de xadrez.

Por que a Record não se defende das acusações?

Oras, porque o que a Globo diz a respeito da Record é verdade e ela não tem como provar o contrário (e nem tenta). Seus pastores acabam usando o púlpito evangelizador para atacar sua “concorrente” no jogo de fazer dinheiro. O enriquecimento ilícito de membros ligados à Igreja não é privilégio da Universal nem dos evangélicos. As religiões mais presentes no Brasil de uma forma ou de outra se envolvem em escândalos de toda espécie como lavagem de dinheiro ou pedofilia.

Pra pensar…

Seja você leitor que professa uma fé ou apenas observa tudo de longe, peço apenas que reflita sobre alguns dos argumentos que certas igrejas usam para arrecadar seu dízimo, oferta, oferenda, doações, etc… Será que os princípios de humildade ensinados por Jesus Cristo tem relação com uma recompensa em espécie ou o medo de ser punido por Deus? Você deve doar por bondade e compaixão aos necessitados ou porque te disseram que você precisa “investir em Deus para poder prosperar na sua vida econômica?” ou “é dando que se recebe”…

Será mesmo que precisamos de ameaça de punição para sermos bons uns com os outros?

Opinial pessoal

É horrível não podermos ser bons por outra razão que não a de buscar uma recompensa ou temer um castigo. Me deixa angustiado também o crescente envolvimento entre fé religiosa  e a política como vem ocorrendo no Brasil. Quero encerrar este polêmico post esclarecendo a quem queira que eu não frequento essa ou aquela instituição religiosa e minha fé se resume na crença em Deus e que nada acontece por acaso. Também procuro praticar os ensinamentos de Jesus segundo a bíblia dentro dos limites das minhas fraquezas. Apenas concluí que para agir de bem com Deus não preciso de religião, mas sim de fé!

Comentem a vontade

Seus comentários não sofrerão qualquer moderação para que sua opinião seja respeitada, apenas eliminaremos palavras de baixo calão que ferem a argumentação.

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