“Nosso” Hino Nacional

Lembro bem dos meus 11 anos de idade quando cursava a 5a série do Ensino Fundamental e nossa escola Ângelo Martino nos colocava em fila todas as segundas feiras para cantar o Hino Nacional e o Hino à Bandeira. Claro que nem todos se preocupavam em decorar a letra, muitos até mesmo brincavam mudando a letra, imitando uma corneta ou até arrotando durante a execução por aquele aparelho de som da década de 60. Mas nossa cara colega Vanusa arrasou se tinha a mesma intenção de meus colegas do “primário”.

Mas falando sério. Será que a rígida educação de antigamente (nem tão antigamente) era o motivo pelo qual a escola pública funcionava melhor do que nos dias de hoje? Disciplina e obediência cega é melhor do que transformar nossos alunos em seres pensantes, com raciocínio próprio e capazes de argumentar sobre o que lhes é ensinado?

Eu duvido. E acredito que a falta de controle e qualidade nas escolas de hoje não é consequência apenas de liberdades cedidas aos alunos, mas de péssimos planos políticos que desvalorizam cada vez mais o valor da educação. Contratando professores sem avaliação, mantendo métodos ultrapassados, descartando a importância da participação dos pais nas atividades extraclasse, e por ai vai…

Enquanto não levamos o futuro do país mais a sério desde já, poderemos fazer como meus colegas que cantavam de forma debochada o hino, debochando de nós mesmos e refletindo a atual situação política com pizzas, suquinhos de maracujá ou até miniaturas de barris de petróleo para esquecer que a ignorância de hoje condena o amanhã.

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